DIAS INQUIETOS

Sento-me quieta na soleira

da porta desse mundo torto.

Conto as histórias que a menina

cantou, brincou, esqueceu...

Cresceu.

Sinto-me torta na soleira dessas

histórias vivas, (in) quietas.

Canto os anos, quantos anos...

Notas doces, semi-fusas de mim.

...Cedo, ainda está claro demais

para contar das luas e dos amores.

Quando o dia torto, abrir as portas

mortas...e deixar entrar madrugadas

fecundas e perfumadas...

Eu estarei aqui, colhendo poemas

vivos, da mão desse destino

crescente, ainda é cedo...

LuciAne 04/03/08

14:37

POESIA ON-LINE

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 04/03/2008
Código do texto: T886943
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