TEMPO
Já perdemos muito tempo ,
Ou não sei se perdemos ou fomos levados todos pelo tempo.
Se olharmos para o circunstancial,
veremos que fomos cada qual ao seu modo e estilo deixados à margem de uma
fantasia qualquer e perdemos o bonde... e os momentos aconteceram;
e a culpa se é que houve culpa foi do tempo que gastamos tentando entender as
circustâncias criadas por nós e dirigidas pelo tempo.
No exato instante em que deixamos pesar nossa voz e ficamos surdos, foi
quando sentir deu a vez ao ter, e ficamos completamente nús, sem eira nem
beira, e foi embora o sentir, o guia básico do sonho vida.
A língua fez de nós pobres mentais querendo entender o tempo e suas nuances e
seus mistérios... pobres de nós carentes do entender e compreender como é
possível? O ontem parecia ser eterno, e hoje estamos no inferno a
lamentar a perda do tempo, como se fosse possível renascer sem viver o tempo,
morrer não faria sentido, sem o tempo para aprender o tempo possível.
Já perdemos muito tempo, questionando o velho tempo, e ele como o ancião a
nos contemplar com seus olhos de transformar e o poder do multiplicar, nos
cobra cada segundo mal vivido; e não quer ser chamado a razão quando há tempo
perdido, ele já viveu e viverá tempo capaz de cobrar de nós cada segundo
perdido e haverá podes crer o renascer com choro e tudo, e haverá muitas
partidas e vindas até que se compreenda que o tempo é só um rumo que se toma
como quem toma o bonde; e o destino a si destina mas ai de ti, ai de si, ai de mim
se houver... tempo perdido.