ANÚNCIO

Fala, Senhor, o teu servo te escuta.

És na hora da labuta meu pensamento de amor.

Minha água viva, meu alimento, Senhor,

Meu destino e direção.

Minha oração, meu solfejo, prece ardente de paz.

Busco o “infinito lugarejo”, a morada eterna do Pai.

Passam os encantos desta natureza

Como passa o “concreto” dos “sábios”.

E nem de perto enxergam a pureza;

Saem gritos e blasfêmias de seus lábios.

Penso hoje em ti, Senhor,

Derrubando o mal e o seu orgulho.

Ensinando a verdade, sem barulho,

Na vereda latente do amor.

E todo joelho vai se dobrar

Ao romper do Silêncio Paciente

Que espera do homem a semente

De encontrar-se com o que veio libertar.

Pára, ó homem, vê de perto

A certeza do amanhã que te espera!

Crer no Senhor não é quimera,

É a resposta do teu “por quê” em aberto.

Tua vida, os teus bens não satisfazem

Sempre queres o poder pra dominar,

Esquecendo O que veio iluminar

Este mundo perdido em trevas.

Pára a tua inquietude

Teu desejo de ter, de prazer.

Enche os confins de teu ser

Da caridade, da fé em plenitude.

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 23/02/2008
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