Onde está a fantasia?
Dessa brisa sempre amena
da agenda que domina
da dança num só compasso
do verso que sempre rima
O vitral monocromático
por onde olha meu enfado
que ignora as janelas da vida,
a monotonia confirma.
Da realidade pelo espelho
devolvida, nesse rosto
sem sorriso, um gemido
salta aos olhos que procura...
Nos cantos em que habito
lantejoulas e purpurinas
que nas entranhas bordem
fantasias no corpo vazio de vida.