O APRENDIZ
Armado, empunho a caneta.
Contigo à frente me deparo.
Não temes esforço ou careta,
Se postas como um anteparo.
O tempo transborda a hora, segundo por segundo,
Ampulheta ruidosa, constante pinga-pinga na cabeça,
Piston com explosão alternada,combustível adulterado,
Idéias frustradas e desconstruídas, perdidas no mundo.
Espero da inércia que oferte um flanco,
Mente e papel permanecem em branco.
Catar de letras como a galinha ao milho.
Fecundar as palavras para parir o filho.
Eu cunho o verbo desconfiado,
Adjetivo o ser, o dito já arrependido,
Exponho entranhas não correspondido,
Crítico, escrevo para a seguir ser apagado.
Quando, enfim, registro em sua tela
Os sentimentos que gritam por publicidade,
Vejo envergonhado que a poesia não é bela,
Só caldo da vida, xepas, busca por maturidade.
Janeiro 2008
Armado, empunho a caneta.
Contigo à frente me deparo.
Não temes esforço ou careta,
Se postas como um anteparo.
O tempo transborda a hora, segundo por segundo,
Ampulheta ruidosa, constante pinga-pinga na cabeça,
Piston com explosão alternada,combustível adulterado,
Idéias frustradas e desconstruídas, perdidas no mundo.
Espero da inércia que oferte um flanco,
Mente e papel permanecem em branco.
Catar de letras como a galinha ao milho.
Fecundar as palavras para parir o filho.
Eu cunho o verbo desconfiado,
Adjetivo o ser, o dito já arrependido,
Exponho entranhas não correspondido,
Crítico, escrevo para a seguir ser apagado.
Quando, enfim, registro em sua tela
Os sentimentos que gritam por publicidade,
Vejo envergonhado que a poesia não é bela,
Só caldo da vida, xepas, busca por maturidade.
Janeiro 2008