A Felicidade É Uma Criança
Sob a arvore da eternidade se esconde
Um menino chamado felicidade
Muitos o procuram, por toda uma vida
Enquanto a vida, toma deles todo o tempo
E ávida corre, enquanto eles correm contra o tempo
E quando tentam se esconder das rugas d’alma
- Pobres homens! – pensa o menino, sorrindo
Enquanto a eternidade lhe faz sombra fresca
- Mal sabem onde me procurar, como poderão me encontrar?
E o vento sopra, e caem as folhas com o tempo
E a arvore da eternidade seca
O menino, não cresce, nem envelhece
Continua sorrindo dos mortais
Como criança que com uma lente de aumento
Queima pequenas formigas com a luz do Sol
E os homens, indiferentes ao calor extremo
Que provém da indiferença do menino brincalhão
Passam a vida, buscando-o em vão
Ah, como seriam felizes se soubessem
Que o mesmo menino, que tanto os faz correr em círculos
Mora bem perto, e se esconde ali dentro
Do coração, que esqueceram que existia
Só porque mataram seus próprios sonhos.