POETANDO 14
A montanha se rasga por raios. Chove...
Os trovões assustam bem mais.
São mistérios, são forças, são vidas.
A fonte, é verdade, não seca de todo,
nela se fartam lembranças.
Nas poucas árvores, uirapurus, sabiás,
enfim, fauna e flora acompanham o lamento.
São mistérios, são forças, são vidas...
Por entre os dedos, cabelos finos,
são sóis que a esperança produz,
e segue dizendo aos pombos: voltará.
São mistérios, são forças, são vidas.