SEDE

SEDE

A sede de querer.

A fome de fazer.

A sede e a fome de viver.

São as responsáveis por todo este fazer.

Quando passa o tufão ou o terremoto ou o maremoto ou só mesmo a conjuntura inexplicável.

Que fez surgir o escritor.

Que se fosse um vulcão, vamos dizer que acalmou.

Só que não.

A biologia mandou.

A conjuntura também mudou.

O ano passou.

Tudo passa, como poderia ser um péssimo comercial.

De uvas passas.

Que não tem a mesma graça.

Fora do Natal.

Nem no Ano Novo causa tanto alvoroço.

Nem se compara a rabanada e a carne de porco.

Voltando a fome e a sede, que chegam sem alardear.

Mas sem saciar deixam o corpo a míngua.

Assim tem sido com a escrita.

Porque já está no dia a dia.

Sem vir entregar alguma coisa.

A fome e a sede do que não se vê, logo estariam a dar o alarme.

Porque o necessário não é visto nem tocado.

A fome e sede de ser, de viver, Ninguém vai mostrar como se faz para ter.

Exatamente como fazer do que se tem a mão.

Mais coisas que vão brotar direto do coração.

Mesmo que pareça loucura ou ilusão.

Não existe dimensões para comportar.

O que vem a ser.

Tudo que se consegue pensar em fazer.

Com a empolgação que jorra do ser.

Que se põe por amor a fazer.

Neste caso, escrever.

Escrever, escrever e escrever.

Misto de trabalhar e amar.

E se disciplinar.

E não deixar a fonte secar.

Enquanto Deus mandar.

O que pensar e querer, às vezes só por ter saído do calor.

Mesmo que a fome já esteja um horror.

Porque na poesia cabe até o exagero.

De quem tomou o café por inteiro.

E veio, então de bucho cheio.

Mas já carregou um bocado de peso.

Deus, Vida, Trabalho, Saúde e Família.

A casa no aconchego do calor e da companhia de todos os dias.

As pessoas amadas e queridas.

Deus que guarda sem falha noite e dia.

Saúde para ler, para escrever e gratidão por poder continuar tendo fome e sede de fazer.

Esperando o melhor que Deus Sempre terá.

A parte que me cabe é escrever e quem sabe realizar.

Menos ficar no sofá.

Vendo a tv me gastar.

Porque o tempo já o faz e fará.

Mesmo que não faça nada.

E esteja da pá virada.

Parar seria uma burrada.

Pura roubada.

Nem que tivesse de pegar alguma escrita criativa.

Com uma das minhas tias.

Para quem sabe, tirar da cabeça a preguiça.

Que eventualmente tivesse resolvido vir me fazer companhia.

Antes de encarar a estrada.

Que hoje está igual a uma brasa.

Quase na hora de ir para casa.

Ver minhas amadas!!!

Renato Lannes Chagas🇧🇷🇧🇷🇧🇷

Renato Lannes Chagas
Enviado por Renato Lannes Chagas em 25/04/2025
Código do texto: T8318123
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