BRISA E TEMPESTADE
Sou brisa suave que o mar acalenta,
Ela, tempestade em furor que se inventa.
Eu sou a calma que o tempo alimenta,
Ela, o caos que a terra rebenta.
Meu sussurro traz paz à folha pequena,
Seu rugido transforma a areia em aresta.
Na dança do vento, sou branda sentença,
Mas na guerra dos opostos, nasce a festa.
Eu sou o alívio no calor do dia,
Ela, vendaval que a noite incendeia.
Se meu toque é leve, o dela é fúria,
Mas no abraço nosso, a vida é mais cheia.
Pois mesmo na diferença que nos separa,
Somos um verso que amor semeia.