O Diabo da minha Oficina
Mente conturbada
Sadomasoquista mental
Nunca desliga
2:51 da manhã
E eu aqui
Tomando shots de ideias
Maquinando na oficina
Dos meus diabos
Meus diabos choram, gritam, zombam
Me martirizam
Me botam pra Judas
Pensei, penso e pensarei
até quando?
Irei pensar em cair pelas rachaduras do mundo
Pelo mundo nú e cru que vejo que
Deixaria qualquer um
Vomitando sangue
Querendo voltar para as sombras
Botar as máscaras de novo
Sair pelas rachaduras do precipício
De volta ao mundo
Bala na cabeça
Fuga da realidade
De nada adianta
Senão deixar o mundo
Um lugar melhor
Um escritor uma vez falou
"Os seres humanos nasceram para revolução e para o amor"
Bonito, não?
Choramos mais quando perdemos alguém
Do que quando estamos com ela em vida
Mesmo a voz saindo falhada
Gargalhada sem som
Mortes em pensamentos de justiça
Já matei, já salvei pessoas
Em pensamentos e em atitudes
Droga
Só queria dormir
Tomei cianeto, mercúrio, chumbo branco
Mas é claro que só em pensamentos mesmo
Meu humor é quebrado
Tão quanto o nervo de um paralítico
Tchau adeus, au revoir
Minha mente finalmente acalmou
3:33 da manhã
Os diabos foram atormentar outro infeliz
Vixe, ainda aqui?
A poesia acabou
O poeta apagou
A mente faleceu
E eu adormeci