POEMA DESNUDO
A rima brinca quando
estamos confusos.
A rima de poemas brancos,
desnudos.
A alma rima sem querer,
busca a prima- irmã das
palavras, dos afetos...
E eu grito neste poema
louco...
E eu corro, neste poema
solto.
Penetro, e sem pudor me
arrisco.
Confesso, e sem querer me
assusto.
As palavras transitam contentes
por mim.
Sou rua de jasmim, quando eu quero.
Quando eu nego, sou poema
exausto e aflito.
A rima não é o meu espelho,
as vezes contenta-se em
ser meu travesseiro.
As vezes eu grito e nada
conto nestes poemas mudos.
LuciAne 20/01/2008
18:55
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