O meu eu.
Já fui caderno em branco, beijo sem pudor, pássaro engaiolado, peixe no aquário, comida sem sabor.
Já fui o que partiu, já fui o que restou.
Já fui criança, já fui moça... E agora já não sei mais quem sou.
Me perdi em versos, me perdi em vozes, me perdi em mim.
Eu sou o início de uma descrição sem fim.