Fonte:Viajante em Série.
ECOS DO MEU EGO
De longe vem o eco indistinto!
Pensei que fosse meu ego faminto
Falando às montanhas de sua visão.
A solidão interior que se aflige,
Busca respostas nos tons confusos e exige
Que sejam mais do que mera ilusão.
Sou eu cansada de sons repetitivos,
Dos meus pobres apelos já sem o viço
Da esperança. São somente devaneios!
O encanto da expectante espera,
Esvai-se como bolha na atmosfera,
Esmagando impiedosa meus anseios.
De longe vem o eco, agora distinto!
É a voz do meu ego faminto
No interior da inconteste prisão.
Sofrer mórbido vem, nem sei d’onde,
Entre os céus e a terra se esconde,
E o meu apelo se perde entre os vãos!
najet, 10 Dez 2024
Fonte: WE Coletivo Editorial