Quem vive de passado, meu amigo, é museu.
É pesado o fardo do desencontro
Quando as pegadas se deixam apagar
E os endereços e telefones mudam
E a lembrança aos poucos se embaça
Quando os minutos eu já não conto
E as poesias não me vêm inspirar
As sombras de tempos idos me inundam
E a saudade me atiça e ameaça
Mas a força que o presente me oferece
E a constante busca pela felicidade
Beijam meus ombros e trazem-me paz
Pois quem se apega ao passado padece
E, de joelhos, aguarda mil eternidades
Pelos anos que ficaram para trás