Sobre a arte de sermos felizes, apesar de alguns pesares

Eis uma arte

Que, especialmente em tempos de escassez,

De certos barulhos intermináveis,

de momentos, digamos tensos demais

E de coisas que não conseguimos atinar ou compreender

Não é nada fácil

Vamos reconhecer

Mas, se tivermos em mente que a felicidade,

Mais do que um sentimento,

É um estado de espírito

Que sempre podemos carregar conosco,

Ainda que chova ou faça Sol...

Creio que até certas antigas visões de mundo

Podemos rever

Não, não precisamos condicionar a nossa felicidade

A nada ou a ninguém,

Eis que é algo que cultivamos dentro de nós dia a dia,

Como algo espontâneo

Que precisa de nós mesmos

Para florescer

Sim, as vezes, a vida não é nada fácil, ou mesmo tantas pessoas podem não ser

Mas, se soubermos separar o que é nosso e o que é do outro,

Reconhecendo que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance ou ao nosso controle...

Não sei até que ponto devemos nos entristecer

Afinal, cada um dá o que tem, não é mesmo?

E se damos o que é possível

Ainda que não atenda a tantas expectativas por aí,

Paciência...

Devemos mais é comemorar

Com toda a felicidade do mundo

Cada dia da nossa existência na Terra

Que ficamos a viver