Força
É sobre aguentar a barra
O dilúvio
A represa
Sinais de força
Natureza áspera
Como a palma da minha mão
É sobre persistir
Fechar os olhos
Não sorrir tolamente
A vida é séria
O caminho, ardente
Breve como um sonho
Íntimo
Inocente
É sobre ir
Mesmo sem caminho
Mesmo no precipício
O início é difícil
Permanecer é mortal
Cada um no seu lugar
Sendo o que pode ser
Desobedecer
Inspirar
Não dá para negar os espinhos
São ossos do ofício
Sempre tem serpentes
E flores também
É sobre mergulhar na vida
Mesmo com tudo fechado
Mesmo com a Política
Somos a maioria
Ainda que em letargia
Uma hora acordaremos
Abriremos a porta e a janela
Veremos o Sol nascer
A tarefa de viver é labuta
Andar na completa contramão
Levar o coração na palma da mão
Desamarrar nós em correntes
Aguente a barra
Siga em frente