À janela.
Olho para o céu, vazio.
Os espelhos de casa
Só condizem à realidade.
Um opaco refletindo todas as luzes,
Perambulando sem caminho.
Mas aí pelo mundo,
Me encontro mais nítido,
E vivo.
À vontade entre o peso dos prédios e
A leveza da natureza.
Sorrio sempre,
Caminhar ao lado de seus passos,
Outros passos mais.
E a dois passos ou menos,
Aquela velha tensão, questão,
Algum medo.
Bah, medo do que? Da vida,
Mútuo, ou imaginado?
Em comum todo esse tempo,
Espaço, lugar.
Lugar esse, onde me sinto bem.
No meu lugar, aí fora,
Na minha casa.