Devaneios soltos
A cada dia que passa
Vida segue ermo as traças
Envolto, cortina de fumaça
Em ironias de uma desgraça
Cada minuto se perde a graça
Amargo sabor servido em taça
Predador viril virando caça
Troféu envolto de uma vidraça
Corpo nu vestindo cassa
Sozinho, perdido em uma praça
Punido por sofrer ameaça
Corpo vazio, só a carcaça
E vivendo essa vida devassa
Servindo apenas de chalaça
Nesse calor batata assa
Seguindo firme por pura pirraça