Coros de cucuia
Como vós tens o direito de me mandar ir às cucuias, mesmo eu já estando lá?
Não há intenção alguma de me convocar novamente,
Pois já estou no estado perfeito para poder me diluir.
O que seriam as tais cucuias a vós?
A mim é um lugar onde a morte
Lamenta seu trabalho aos prantos
Enquanto, em suas lágrimas almas se glorificam aos coros.
Que cruéis são suas lamentações a coisas tão fúteis da vida,
Digo o quão amargo é o seu pesar.
Ouvir teus nomes pronunciados
Da boca de um embriagado
É o mesmo que pedir para desfalecer
Em terra já morta.
A roda do Samsara o ciclo eterno da dor e do renascimento.
Mesmo que eu tente não consigo fugir
E em toda vida pago o preço de não ascender ao Nirvana.
Mesmo tudo diferente, vós pareceis iguais,
Não importando onde estou,
Nem fazendo diferença o que sou.
Apenas um ofício de risadas
Para tuas proezas mal alimentadas.
Penso que ao falecer do amanhecer
Irei renascer para ascender
E em outra proza
Não me lembrarei mais de meu antigo nome.