Coros de cucuia

Como vós tens o direito de me mandar ir às cucuias, mesmo eu já estando lá?

Não há intenção alguma de me convocar novamente,

Pois já estou no estado perfeito para poder me diluir.

O que seriam as tais cucuias a vós?

A mim é um lugar onde a morte

Lamenta seu trabalho aos prantos

Enquanto, em suas lágrimas almas se glorificam aos coros.

Que cruéis são suas lamentações a coisas tão fúteis da vida,

Digo o quão amargo é o seu pesar.

Ouvir teus nomes pronunciados

Da boca de um embriagado

É o mesmo que pedir para desfalecer

Em terra já morta.

A roda do Samsara o ciclo eterno da dor e do renascimento.

Mesmo que eu tente não consigo fugir

E em toda vida pago o preço de não ascender ao Nirvana.

Mesmo tudo diferente, vós pareceis iguais,

Não importando onde estou,

Nem fazendo diferença o que sou.

Apenas um ofício de risadas

Para tuas proezas mal alimentadas.

Penso que ao falecer do amanhecer

Irei renascer para ascender

E em outra proza

Não me lembrarei mais de meu antigo nome.

Arishrnr
Enviado por Arishrnr em 10/10/2024
Reeditado em 12/10/2024
Código do texto: T8170367
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