Vícios e Refúgios
Em pé, comendo minha refeição de dedos
Parado, sem saber o que ou como fazer
Na cabeça não se passa nenhum medo
Não passa nada além do que vou ser
Vou ser capaz…
De deixar esse vício maldito para lá?
De virar um novo eu que nem conheço?
De não surtar meio aos surtos que o mundo me dá?
De ser aquilo que nem me pareço?
Muito vem a cabeça, essa tal de ansiedade
Que anseia por beijos de liberdade
Nesse mundo só meu que nem eu aguento
Ser mundo pra quem mais der seu jeito
Não deveria ser assim, paralisante
A ideia é melhorar, porque tão apavorante
Mas nada se conquista olhando pro relógio
Eu ei de conquistar o que me traz refúgio