A festa do mastro

Um equilíbrio cósmico

Entre o bem e o mal

Não há como ser cômico

No fim, tudo é igual.

Numa casa silenciosa

Há sempre barulhos

Mesmo uma mente ociosa

Pode gerar vários frutos.

Um rio tranquilo

É tão movimentado

E quando chega a noite

Fica tão claro como o dia.

Nas residências mais seguras

Residem os piores pecadores

A esperança morre nos otimistas

E renasce novamente nas ruas.

As piores doenças vêm de hospitais

E pior que isso, é a sua família e amigos

Não te quererem mais.

As melhores notícias não se veem nos jornais

Mas da boca de quem te indica pro RH

Das companhias de petróleo e gás.

Ser bom às vezes faz tão mal

E ser mal às vezes faz bem

Perfeição não existe em ninguém.

Mas é no medo que os covardes vencem

E os oportunistas convencem

E eu, não sei em quem mais acreditar.

É nas florestas que se escondem os monstros

Desolam as pobres criaturas "selvagens"

E exploram de seus iguais para obter vantagem.

Não é sobre ser bom pra todos, é sobre inevitavelmente

Ter de enfrentar a injustiça da justiça divina propagada

É no equilíbrio que descobrimos o quão perdidos somos.

No leito de cada hospital, há alguém para salvar

No leito maternidade, há um bebê para salvar

No leito de um rio, há corpos para encontrar.

Não há filme de terror que assuste mais que o mundo real

Não há como tolerar quem impõe suas vontades, tão desigual

Não há título que te defenda do Homem, que faz tanto mal.

Não há dinheiro ou fama que construa uma muralha

Entre você e o seu inimigo, eles estão onde menos se esperam

E no fim, é você que errou consigo mesmo tendo sido sabotado.

Há em cada mente, uma parte podre que deveria ser reciclada

Alguns usam a religião para lavar a alma, outros lavam com cachaça

Não se engane com os "irmãos", eles são os piores.