POESIA ANDARILHA
Procuro-me intensamente,
nesta viagem mente-corpo.
Espaços vãos, incoerente
descompasso do que pulsa
apressado.
Entrego-me sem pressa,
e a estrada é miragem.
E o sol é a passagem de
outra noite em repouso.
O meu pouso é outro canto,
um recanto de versos despidos,
andarilhos versos em viagens.
Habito o casulo do presente,
inconsequente seria, viver sob
a poeira fria do que eu ainda
não vivi...
Espero que o verso não me
acuse, e que a dor não abuse
das minhas recentes partidas.
Eu não fugi...
LuciAne 13/01/2008
13:59
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