VENDO-ME SEM ME VENDER

Cada átomo que me compõe

Cada istmo de tempo

Cada lufada de vento

Que soprei ou consumi...

Vão ficar por aqui

Por algum tempo.

Nesse ciclo sem fim

No giro da roda da vida,

Esse moinho infinito

Que me mói, purga e transforma

Ora, lágrima, riso , ora grito

Pitam a aquarela do meu matiz.

Posso perder a forma, a cor

Mas sem perder a raiz.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 08/09/2024
Reeditado em 13/09/2024
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