VENDO-ME SEM ME VENDER
Cada átomo que me compõe
Cada istmo de tempo
Cada lufada de vento
Que soprei ou consumi...
Vão ficar por aqui
Por algum tempo.
Nesse ciclo sem fim
No giro da roda da vida,
Esse moinho infinito
Que me mói, purga e transforma
Ora, lágrima, riso , ora grito
Pitam a aquarela do meu matiz.
Posso perder a forma, a cor
Mas sem perder a raiz.