A Montanha Mágica
Sou um filho enfermiço da doença,
Não sei quando verei a luz lá fora;
Larguei tudo e deixei quem tanto chora
Na planície sem ter minha presença.
Vivo aqui escutando desavença
Sem poder me soltar da tempestade.
Passa o tempo e transcorre a minha idade;
Permanece a miséria da agonia.
Nesse morro, vivendo à revelia,
Morro aos poucos sem ter a liberdade.
[Martelo]