Seres fictícios
Idealizamos as pessoas
Muito mais do que elas verdadeiramente são
Criamos seres fictícios e nos apaixonamos perdidamente
Quando correspondido
O tempo mostra a verdade
Quando não correspondido
Sangra da mesma forma
A diferença é que criou-se memórias
Mas toda partida é dolorida
A de um amor que aconteceu
E daquele que só foi projetado
Idealizamos quem gostaríamos de ter
E quando percebemos que não o são
Nos decepcionamos
Somos nós quem criamos nossos próprios precipícios
Mas como explicar isso para o coração...?
É o detalhe que ainda não conseguir evitar
Mas talvez seja isso o que torna a vida vibrante
Não ter certeza...
Porque é a partir delas que buscamos voos maiores
É a lembrança de que estamos vivo
E viver é isso
Um eterno sangrar do coracão
Costurados por momentos
E pessoas dispostas a fazer a diferença nas nossas vidas
De nos fazerem perceber que somos importantes
Mais do que acreditamos.