Canções da Noite
De dia vivo, de noite acordo,
De noite crio, e me transformo,
Canções da noite onde moro,
De verdade descanso no passo manso
Da minhas ideias.
Correria diária,
As pessoas vomitam mentiras,
Cospem suas tiras,
E pisam seus mártires.
Eis seus deuses diurnos,
Homem formoso,
Que controla teus pulos.
Sinto as vidas que pulsam,
Na escuridão da noite, descansam,
E os que dormiam agora andam
No reino celeste da escuridão.
Presente divino,
A ausência do sol apino,
A correria dos meninos,
Se ausentam nesse escuro.
Assim, aflora a paz
Que jaz das verdades do silêncio da noite,
Onde os deuses que antes dormiam
Acordaram, e estão prontos para viver.
Porém é o dia vem e é a noite quem sirvo,
Mas, de dia vivo, de noite acordo,
De noite crio, e me transformo,
Canções da noite onde moro,
De verdade descanso,
No passo manso das minhas ideias.