NADA É TÃO CLARO
Nada é tão claro
Tudo é tão raro
Eu me confundo
Eu te escondo
Eu tento te enganar
Você tenta me esganar
Mas não podemos negar
Nem ao menos nos culpar
Eu não te digo
Mas eu te desejo
Às vezes não ligo
Mas eu não te esqueço
Nada é tão claro
O fundo do prato é tão raso
É tudo tão negro
Quando fecho os olhos eu te vejo
Às vezes quero te beijar
Mas não sei como lhe falar
Às vezes quero lhe falar
Mas não consigo parar de beijar
Nossas idéias se encontram
É, nada é tão claro
Elas se embaralham
E escorrem para o fundo do ralo