O Pranto do Brasil

Escrita em 13/10/2000.

Eu sou uma terra

que pertence à todos.

Eu sou o verde das matas,

O azul do céu e do mar

E o amarelo mais intenso do sol.

Eu sou o novo mundo

e mal comemorei meus quinhentos anos,

Estou acabando.

Antes de me descobrirem [como dizem],

Minhas terras eram muito mais esperançosas que agora.

Eu era o que chamavam de paraíso

Ah! Um verdadeiro paraíso!

Agora, estão me acabando...

Não sei porque tanta fome,

Se minhas terras foram feitas

para servir-lhes o alimento para comer.

Não sei porque tanta sede,

Se tenho água o bastante

para dar-lhes de beber.

Não sei porque tanta miséria,

Se até ouro, prata, pedras preciosas e petróleo me arrancam

para servir como objetos de suas vaidades.

Não sei porque tanta tristeza,

Se vives em um verdadeiro paraíso colorido.

Não sei porque sentes frio

Se existe a madeira, quente e confortável

a servir-lhes de morada, abrigando-os em um teto.

Por que tantos estão nas ruas,

sem um teto para se abrigar?

Estou ficando velho e desgastado;

Então choro, choro por ver meus filhos

pelas ruas que construíram, passando fome.

Viveis em mim para me destruir,

E destruir seus semelhantes?

Destroem a todos com ambição, ganância, ignorância

Acreditando em um futuro próspero, informatizado, robotizado e globalizado!

Homem, tu és o animal racional de todos os animais,

Mas não anda raciocinando sobre o que você faz!

Condenam e matam suas crianças,

O futuro da pátria destroem!

Como podem ter esperança,

Se não respeitam a natureza (elixir da vida)

e as crianças (nosso futuro, o amanhã)?

Lí Grace
Enviado por Lí Grace em 26/08/2024
Código do texto: T8137365
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