O DEBRUÇAR DO TEMPO
Em terreno baldio
Uma janela do tempo
Se mantinha de pé
Fechada
Nada ao redor
Só escombros
E a janela intacta
Trancada
Como um portal
Do tempo
Ali vi o debruçar do adeus
Vi lágrimas cair
Vi o medo de abrir
E não ver voutar
Quem se dignou partir
E quem ficou continua ali
Marcas da saudade
Nada foi construído
Em século
E a janela sobrevive
E não se dignou a cair
Somente quando abrir.