O DEBRUÇAR DO TEMPO

Em terreno baldio

Uma janela do tempo

Se mantinha de pé

Fechada

Nada ao redor

Só escombros

E a janela intacta

Trancada

Como um portal

Do tempo

Ali vi o debruçar do adeus

Vi lágrimas cair

Vi o medo de abrir

E não ver voutar

Quem se dignou partir

E quem ficou continua ali

Marcas da saudade

Nada foi construído

Em século

E a janela sobrevive

E não se dignou a cair

Somente quando abrir.

Patrícia Barros
Enviado por Patrícia Barros em 23/08/2024
Reeditado em 24/08/2024
Código do texto: T8135299
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