Um brinde aos nossos ancestrais

Eu divago sobre a minha ancestralidade

eu choro , me emociono nessa viagem

imagino , o que meus irmãos sofreram

nos porões dos navios negreiros

O flagelo do racismo , a chibata

que dilacerava a carne

o terror da escravidão

e , depois de cada castigo

as , vítimas do sadismo

encharcava o solo brasileiro

com , o sangue vermelho

Mulheres foram estupradas

seus filhos foram vendidos

outras , tantas viraram amas de leite

elas viveram esse inferno

deram para os filhos dos brancos

suas vidas , e seu leite materno

Nossos ancestrais sofreram em vida

o inferno

quantos diabos lhe causaram dor

esses diabos , não eram

chamados de Satã , e sim , de sinhô!

Hoje estamos aqui , com um pouco

mais de liberdade , respirando novos ares como , desejou Zumbi dos Palmares

Hoje as senzalas são as favelas

os capitães do mato , estão fardados

são empregados da polícia

Nossa elite continua racista

Nossa luta por liberdade e justiça

nunca acabaram de fato !

ou vocês acreditam no 13 de maio ?

negros , pardos , mulatos

reverenciemos nossos ancestrais

e por , eles que estamos aqui

vamos brindar fazer um tintim

escutando Racionais Mc's

NEREU AIRTO AMANCIO FILHO
Enviado por NEREU AIRTO AMANCIO FILHO em 22/08/2024
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