DEVANEIO
No rem da madrugada
lembro-me de coração acelerado
corpo quente transpirado
em sono profundo
devaneio aflorado
Vírgulas e interrogações
sustentavam a imaginação
aquileano apaixonado
com desejo mau intencionado
Ainda sem brilho, silêncio e sereno
uma sincera vontade de amar
impulsionado a ficar
a protagonizar
Desculpe-me a falta indelicada
os afetos faz de mim figurante apaixonado
de pálpebras semiabertas
sem toque fisico e culpado
Na expectativa afetuosa
percebi que fui somente alguém
para ser somente as vezes
naquele acolchoado
Desculpe-me a indelicadeza da ansia
as pálpebras semiabertas
lúdico ou lúcido
ainda me faz culpado
@Jottaribs, Goiânia, 2024.