brilho eterno de uma mente sem lembranças
No espelho, um reflexo fragmentado,
a luz dança entre sombras,
sorriso que se quebra em mil pedaços,
um mar de emoções à deriva.
Hoje, a alegria é um fogo ardente,
amanhã, cinzas que sufocam,
navego entre tempestades internas,
onde o amor e o medo se entrelaçam.
A mente é um labirinto sem saída,
pensamentos como relâmpagos,
rasgando o céu da minha sanidade,
cada dia, um novo desafio.
Busco conexão, mas o toque é fugaz,
como areia escorrendo entre os dedos,
as vozes gritam, mas eu me calo,
o vazio ecoa na solidão.
Às vezes, sinto que sou um fardo,
um peso que arrasto em silêncio,
mas há beleza na luta,
uma força que surge do caos.
Olhos que me observam,
cheios de julgamentos silenciosos,
perguntas que cortam,
"Por que não consegue apenas ser feliz?"
Sou um quebra-cabeça sem peças,
cada crise, um estigma que carrego,
as mudanças de humor,
um espetáculo que assusta e afasta.
Os estereótipos me cercam,
como sombras em um dia ensolarado,
e enquanto tento explicar,
as palavras se perdem na confusão.
Eu sou mais do que minhas tempestades,
uma história em construção,
em cada lágrima, um aprendizado,
em cada queda, uma renaissance.
E mesmo quando a noite parece eterna,
um novo amanhecer espreita,
pois dentro de mim habita a esperança,
um desejo de paz, de pertencimento.
E quem sabe um dia,
o mundo veja além do rótulo,
encontrando na fragilidade,
a beleza de ser humano.
_ sobre viver com borderline.