Pesadelos Imagináveis

Como acordar dos sonhos,

Se são pesadelos a maioria?

Perdido em devaneios confusos,

Erros do mundo, minha utopia.

Nas noites escuras, estou só,

Com medos que me cercam, sem fim,

Erros se repetem, uma lei sem dó,

Ecoando dentro de mim.

Imagináveis e tangíveis,

Os erros que cometi,

Sombras de meus atos visíveis,

Que qualquer um pode ver, sentir.

Não queremos o indesejável,

Medos que carrego aqui,

Sonhos se tornam inabaláveis,

Quando a alma quer fugir.

Pesadelo é o repetido,

Os mesmos erros do passado,

Novas amizades desfeitas,

Por um ato errado.

Sempre tão incerto e frágil,

Meu coração a desmoronar,

Buscando laços em vão, fácil,

Ver esses laços a se quebrar.

Em meus pensamentos, um labirinto,

Ciclos que nunca se findam,

Erros que me marcam, distinto,

Em trilhas que não se enlaçam.

Ciclo entediante e constante,

Vivo em meio a falhas,

Sempre cometendo enganos,

Em trilhas tão desiguais.

Desejo acordar, enfim, liberto,

De pesadelos que não têm fim,

Encontrar um caminho certo,

E paz, dentro de mim.

Nos sonhos, vejo o reflexo,

Dos erros que temo enfrentar,

Cada nova amizade, um pretexto,

Para novamente me isolar.

E no fim, na busca infinita,

Por algo que não sei definir,

Espero que a vida permita,

Um dia poder emergir.

Caio Martins
Enviado por Caio Martins em 21/08/2024
Reeditado em 21/08/2024
Código do texto: T8133831
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