ENTRE O SOL E A PRIMAVERA

Meu querido sol,

Que me aquece com raios dourados,

Emoção que desperta em campos sagrados,

Com entusiasmo que dança e contagia,

Trazendo à vida a pura magia.

A esperança floresce, vigorosa e plena,

Sou invencível na tua cena.

Mas quando te escondes no véu da noite,

Sinto o vazio em um profundo açoite,

A solidão congela meu ser em cristal,

E o dia perde seu brilho, tão irreal.

Uma brisa cinza, fria como a neve,

Ronda meu corpo, tornando-o firme,

Presa em um labirinto sombrio,

Onde o calor se torna um fio.

Para não perder o norte e a razão,

Abandono o sol e sua flutuante estação,

Busco o refúgio na primavera gentil,

Que não é quente, nem frio hostil.

É um abraço de flores, suave e certeiro,

Que não me deixa vazia, nem por inteiro.

Adeus sol, siga seu destino,

Entre o brilho e o desatino.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 20/08/2024
Reeditado em 20/08/2024
Código do texto: T8132889
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