ECOS DO MEU SER

Olhei para dentro de mim e me perdi,

Presa às correntes que a vida amarra,

Aos traumas que nunca se extinguem,

Como algemas que em meu ser se firmam.

Busco a liberdade em todo lugar,

Mas ela escapa,

Um sonho distante,

Ainda assim, sigo a lutar constante,

Pois sem essa busca, o que resta é vagar.

O que somos nós, no fundo da alma?

O que vale a vida, tão breve e fugaz,

Para filosofias que não dão paz?

E o que seríamos sem nossas crenças,

Simbologias que o tempo eterniza,

Frutos de mentes que a vida idealiza?

Essa busca infinda me esgota o peito,

Me deixa perdida, sem rumo e sem jeito,

Atordoada por um anseio sem fim.

Talvez seja hora de aceitar o incerto,

Abraçar o que escapa à razão e ao sentir,

E seguir em frente, sem temor de partir.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 19/08/2024
Reeditado em 19/08/2024
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