ECOS DO MEU SER
Olhei para dentro de mim e me perdi,
Presa às correntes que a vida amarra,
Aos traumas que nunca se extinguem,
Como algemas que em meu ser se firmam.
Busco a liberdade em todo lugar,
Mas ela escapa,
Um sonho distante,
Ainda assim, sigo a lutar constante,
Pois sem essa busca, o que resta é vagar.
O que somos nós, no fundo da alma?
O que vale a vida, tão breve e fugaz,
Para filosofias que não dão paz?
E o que seríamos sem nossas crenças,
Simbologias que o tempo eterniza,
Frutos de mentes que a vida idealiza?
Essa busca infinda me esgota o peito,
Me deixa perdida, sem rumo e sem jeito,
Atordoada por um anseio sem fim.
Talvez seja hora de aceitar o incerto,
Abraçar o que escapa à razão e ao sentir,
E seguir em frente, sem temor de partir.