EM BERÇO ESPLÊNDIDO

Em berço esplêndido nossas crianças repousavam e

em campos verdejantes depositávamos nossas esperanças,

Ao cair da noite em nossas casas estávamos e dormíamos,

na certeza de que ao amanhecer o Sol viria para nos iluminar,

recompor nossas energias e que a cada dia novos horizontes

se abririam e na certeza do dever cumprido repousávamos,

pois mantínhamos nossos filhos sob a mira de nossos olhos e

sob a proteção do altíssimo, acreditávamos serem o futuro do País.

Somos todos nascidos de tuas entranhas, mãe natureza, portanto,

iguais somos, o sangue que corre em nossas veias tem mesma cor,

Todos somos alimentados com teu pão e bebemos da tua água,

E tu, cansada, já nos dá sinal, nos responde, nos mostra teu furor;

Nossos espíritos sonham com a liberdade e gritam por esperanças,

Num desejo de vê de volta a PAZ, sonhamos todos nós a cada dia,

Precisamos recuperar parte de ti que lhe foi tirado, arrancado

E que começa a fazer falta ao seu próprio malfeitor e malditoso

Imagine a crueldade do ato ao lhe arrancarem as matas, fazer pouco

Caso da complexidade que dita o fato e nem seque querem pensar,

Que a colheita nada mais é do que o resultado da semente plantada,

E que quando não tivermos mais as matas, nossas águas terão suas,

nascentes secas e como conseqüência extinta essa imensa natureza

Somos o produto de nossas ações e num passado próximo tínhamos

Uma vida diferente e até nossas crianças corriam em seus campos,

Brincavam pelas ruas, na chuva, sob o sol e nada lhes aconteciam,

Hoje, vivemos a era da tecnologia e dela somos escravos e trabalhamos,

como loucos a cada dia, em busca do sustento, do pão,de um trabalho, tudo em prol de uma vida melhor para nossas famílias,

Nossos pais que antes eram felizes, hoje rezam pela vida, oh, mãe gentil!

Devemos lembrar a todos, dos nossos direitos e gritarmos por segurança,

Porque hoje nos fechamos como ostras, trancafiados em nossas casas,

que são cadeias sem guardas, nossos filhos prisioneiros sem crimes.

Sentem-se presos e sem direito a defesa alguma e ainda assim,

Nos dizemos livres, um povo civilizado, somos uma democracia!

OH, DEUS! quanto desamor, quanto desrespeito a vida da natureza

e de todos nós humanos que sofremos a dor de uma mãe, de um pai,

ao ver o filho amado, o futuro do PAÍS, sem esperanças ou sem vida !

Fama /11/01/2008

fama
Enviado por fama em 11/01/2008
Reeditado em 14/02/2008
Código do texto: T813141
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