DEIXO A VIDA LEVAR-ME...

Desde que seja leve!

 

Ser compreensível com o que acontece ao meu redor, a forma de blindar-me, imagino-me numa redoma de vidro, para me proteger, assim, levo a vida livre e leve mantendo distância da mesquinhez.

 

Algumas vezes o cansaço toma-me.

Por um instante silencio...

Combino os pensamentos com a respiração.

Ao som das águas (pequena fonte que construí no jardim) no embalo dos bem-te-vis, relaxo.

Incrível é a suavidade da brisa, que toca o meu rosto com carinho.

Passa… e leva consigo toda a inquietude, deixando-me a leveza na alma.

 

O meu espírito velho

Num corpo que envelhece com cautela.

Aguarda o dia de libertar do carbono, voltar a vibrar no brilho cristalino do Universo.

Não é pretensão, é dissuasão, ou, forma de manter-me feliz enquanto matéria.

 

Nesse ar marinho restauro as minhas forças para mais um dia de glória.

C. Caldas.