aos nossos vermes
nesse mar do meio
o campo é limpo
verde e florido
perpassam por essas ondas
as ondas
dos mares em que se atordoam
sobre as minhocas e os vermes,
apaixonados reclamam seus poemas
que da raiz caramelada
de gozo
sobe e cospe a necessidade
súbita do sol
rastejando sobre as beiradas
irão chegar até o meio-fio
onde os carros se acumulam
sob congestionamentos constrangidos
e todos os vermes se lançarão entre à velocidade
que não perdoa;
como um nada, somos amassados
e depois de uma longa ressurreição
à força
tornaremos a sair do buraco oceânico
entregando flores e formas
a todos os nossos
amantes