Simplicidade
Bom dia!
Quantas vezes isso é mecânico
Noutras uma grande hipocrisia
A convivência
A repetência
A negligência humana
Tão desumana
Em respeito ao decoro
Ao foro das castas
No frigir dos ovos
Só resta as raspas e risos escondidos
Muitos se escondem num bom dia
Na convivência desértica
Muros vizinhos
Murros intragáveis em forma de tapinha nas costas
É só virar as costas e vira-se um alvo
E só depois de um tempo conseguimos avaliar tudo isso
Que saudade de ir para nosso canto
Um local que podemos tirar as armaduras
Receber um bom dia sem armagura
Oh simplicidade! O quão somos sedentos por suas manhãs
Nenhum jardim murado pode conter o sertão
Uma Salina
Ou um aperto de mão
Estou ficando cansado
As armaduras são pesadas demais
Botas gastas e víboras em reprodução
Vontade de voltar pro sertão
Respirar uma simplicidade
Ter a liberdade de dizer não