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A tua imagem!

 

 

A imagem que flutua em minha mente

Criada por vã imaginação...

Guardá-la-ei para mim somente

Que em meu coração não seja ausente

Nem faça padecer-me de ilusão!

 

Com nada se parece, é u’a miragem

Das noites de minha atroz solidão...

Dos meus dias de exílio, na viagem

Que fiz, para encontrar outra passagem

Que pudesse ocultar meu coração!

 

Alhures, procurei sentir teu gosto

Com o tempero forte do teu beijo...

No adverso tempo, raro ensejo,

Em que pude sentir o teu desejo

Calando em minha boca o desgosto!

 

Dessa intemperança é companheira,

A imagem que no espelho se apagou...

Apenas o desenho que ficou,

Tentou nublar o sonho que restou,

O inverso da estampa verdadeira