Quarentena que não tem nada de quarentena

O.B.S.: Poesia escrita na época da pandemia

No momento ando pouco,

muitos pensam que sou louco.

Acham até se contaminarem,

e depois se decepcionarem.

Decepcionarem por não ter seguido

as recomendações da OMS. Que dizem:

Prudência e empatia,

é a palavra do dia.

Prudência por evitar,

a aglomeração que há.

Empatia por pensar no próximo,

em todos o máximo.

Solidão que nos mata,

até o fim dessa data.

Data de ficar em casa,

sair na rua de forma sensata.

Ir à festa e aglomerações,

que é tudo de bom.

Encontrar com parentes e amigos,

e até mesmo com inimigos.

Seja em um aniversário,

ou em outro cenário.

Voltar na universidade,

mas com dignidade.

Estou seguindo…

está difícil, mas estou indo.

Estou seguindo essa quarentena,

que de quarenta já virou mais do que centena.

Passaram quase 365 dias

e um dia,

isso acaba para nossa alegria.

Não é fácil olhar para as paredes,

sem poder chutar a bola nas redes.

Redes de futebol,

e também handebol.

Exercício só em casa,

e isso é o que basta.

Supermercados e bancos lotados.

Isso é fato!

Um isolamento esquisito.

É o que eu digo.

Muitas empresas pequenas estão fechadas,

e se abertas valeriam a pena.

Pessoas andando nas ruas sem necessidades,

essas que acreditam em crueldades.

Crueldades de pessoas que espalham mentiras,

essas que pensam só nelas e não tem empatia.

Pessoas que querem que o isolamento acabe,

mas que não fazem nada para que acabe.

Esconder a verdade não é recomendável,

e nem saudável.

A verdade sempre liberta,

e também nos alerta.

Se informem para não terem decepções,

e evitar fortes emoções.

Emoções essas que não são de alegria,

mas de tristeza então evite correria.

Correria no hospital,

isso não é legal.