ANEL DE BRILHANTE

ANEL DE BRILHANTE

A poesia que nasceu

E mora em mim,

não me pertence.

Não pense que todo poeta

seja um fim em si.

- Ninguém é!

É como uma voz qualquer

É mais uma voz que grita

Para a surdez infinita

De todo aquele que quer ser.

Morrendo ou se matando

Entre o ser social e o humano

O poeta é ainda uma pedra bruta.

Quanto mais se desgasta

Mas brilha sob o sol

Até pousar no dedo de alguém

Como luxo, como triunfo.

Mas só o poeta sabe

Da dureza e do brilho que tem

Do calor que recebe

Dos anos que sobrevive

E da dor de seguir adiante.

O poeta se vê como pedra,

Sem saber-se diamante.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 06/07/2024
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