Espectro Oculto
No obscuro âmago da noite profunda,
O medo se ergue, sombra temerosa,
Deslizando furtivo, sussurrando funda,
Na mente humana, sua presa silenciosa.
É o espectro oculto que nos envolve,
Tece teias escuras, densas e traiçoeiras,
No peito, o coração em tumulto resolve,
Bater mais forte, sob suas estranhezas.
O medo, monstro que nos paralisa,
Nos lança em abismos, incertezas mil,
Na escuridão de nossas almas imprecisas,
Onde a coragem sucumbe e o frio é vil.
Medo do futuro, do desconhecido,
Da solidão profunda, da morte à espreita,
Medo que nos faz sentir perdidos,
Neste labirinto de angústia que nos aceita.
Mas no peito humano também há força,
Para enfrentar esse adversário sutil,
Na luz da coragem, a esperança se reforça,
E o medo, enfim, se torna débil e inútil.
No campo de batalha da mente, resistimos,
Com a bravura que em nós podemos encontrar,
Construímos muralhas com sonhos infinitos,
E, assim, o medo não pode nos dominar.
Então, ergamos a tocha da determinação,
E enfrentemos o medo, firme e destemido,
Pois é na superação que encontramos a razão,
Para vivermos plenos, com o coração aquecido.
No fim, o medo se desvanece, se dissipa,
E a coragem nos guia, triunfante e serena,
Na jornada da vida, onde a esperança se replica,
E o medo, no final, é apenas uma pena.