A última noite
No silêncio da noite
A sombra que me aperta
Que me torra o cérebro a pensar
Nisso que eu venho tentando falar
Não concebo que nesse espaço
Jaz o mendigo no abismo da calçada
Jaz a moça que contemplei hoje, na cama cansada
Jaz o fogo que arde em algum castelo tão próximo
Jaz eu respirando o ar puro na noite, o poeta incerto
Jaz meu irmão, ao brilho da tela, caçando o mundo
E vejo todos juntos, da minha janela
Percebendo, sou o único reparando nesses elementos.