Canto de Carroceria

Dentro de uma grande biblioteca existia

Um recanto lá em um canto onde, em prantos,

Ficava o desencanto; tanto queria

Participar entre tantos e sentir o encanto

De ler grandes clássicos.

Naquele canto, portanto, para meu espanto,

Só liam brochuras naquele recanto.

Quem estava no canto se achava santo

E, sobre o seu manto, o orgulho sorria.

Do outro lado, lá no recanto, de vez em quando,

Um sorriso recebia.

Não sei se fico ou se adianto;

Eu não sou santo, mas fico sozinho,

Pensando na vida escrevendo o meu canto.

Alexandre Tito
Enviado por Alexandre Tito em 27/06/2024
Reeditado em 27/06/2024
Código do texto: T8094893
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