Talvez deixe que aflore toda a estupidez contida
(ou não)
Se é o que verte meu pensamento,o que tanto me fere
Talvez deixe que hiberne
E pense então em flores
Perfeitos amores
Jardins ensolarados e coloridos
(malditos) sorrisos medidos
Nem mais
Nem menos
E vista então uma burca
E faça disso um hábito
Se é meu pensamento o que destrói o que toca
Talvez possa amarrar minhas mãos ao rosto
Ou então refazer-me em risco
Desenhar meu destino
Sem letras nem metas
Pinceladas em patético tino
Figura (des)enhada
Sem boca
Sem mãos
Sem olho nem pernas
Sem vínculo...
E Talvez faça disto
Um vicioso círculo