Insegurança
Em um campo de esperanças florescentes
Surgiu um amor de cor vivaz
Dois corações em ritmos confluentes
Teceu-se um laço, firme e tenaz
Mas a insegurança, fria corrente
Rondava o par com seu pesar
Semeando dúvidas na mente
Que o medo vinha a regar
Palavras doces, antes cantadas
Transformaram-se em hesitação
O brilho nos olhos, pontes encantadas
Viram-se nublados pela aflição
Cada gesto, antes tão seguro
Tornou-se trêmulo, reticente
O amor, que era forte e puro
Agora vacilava, inconstante
Promessas de futuro, antes claras
Envolveram-se em névoa e dor
E a bela chama, que nos guiava
Tornou-se cinza, sem calor
Assim, um jardim de cores vivas
Foi tomado por trevas e temor
Pois a insegurança, furtiva
Destrói até o mais belo amor