Inércia.
Meu cigarro enquanto queima.
O tempo de chuva.
Grilos.
As merdas ficaram no passado.
Ser-para-a-morte.
Sem pensamento.
A vida dos outros na janela.
Varanda, salto.
Onde está Deus?
A cadela.
Pede carícia.
Vai embora.
Todos os instantes se sucedem.
E agora?
Eu sei o que fazer.
Liberdade desconsoladora.
Trampo de Sísifo, de Lúcifer.
E agora?
O homem não tem que ser feliz.
Definitivamente o homem não tem que ser feliz.
É viver, morrer, viver.
Sem nunca encontrar escapatória.
Ou sem força para afirmar alguma.
Mas eu te amo, não gostaria que te esquecesses disto.
Eu te amo, apesar de me calar agora.
Cada dia em vias de ter querido viver a vida toda.
Para sempre.
A pergunta: