Acorrentada

Ah, se eu pudesse nascer de novo!

Voltar novamente ao seio materno

Ser uma criança normal

Sem traumas,sem culpas,sem abandono...

Talvez, o meu presente poderia ser diferente.

Ah,se eu pudesse voltar no tempo e consertar os meus erros!

Talvez, ainda tivesse alguma chance para uma vida melhor...

Estou tentando ser forte,porém, são muitas às minhas feridas

E não existe um bálsamo,um analgésico que analgesia essas dores da alma...

Será que a morte seria a solução?

Ou apenas prolongaria meu sofrimento!

Pois,são muitas às minhas amarras...

Volto ao passado ,me vejo entre tantas portas

Mas qual seria a porta ideal?

Todas as portas foram sombrias,

um atalho para um abismo...

Que bom seria se eu pudesse nascer novamente

Ser aquela criança inocente,com medo da escuridão ou do bicho papão, embaixo da cama...

Hoje meus demônios são outros

Pois,vivo no enigmático,nas forças sobrenaturais de um passado distante...

Nas trevas que escurecem os meus olhos,

que amedrontam minha alma.

Uma alma que só queria amar e ser amada

Que só pensava em crescer,evoluir...

Mas,que sofre em silêncio,por todo mal que a empobrece...

Às vezes eu me pergunto: Será que ainda posso ser feliz?

A resposta é vaga,incerta...

Não existe felicidade,quando tudo se torna um mar de trevas

Um abismo na escuridão

Um caminho sem volta...

Silvana Silva poetisa
Enviado por Silvana Silva poetisa em 07/06/2024
Reeditado em 07/06/2024
Código do texto: T8080775
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