Labirinto Espumante

Esfrego a bucha no vidro do box, encharcada de sabão.

Volta e meia, meia volta, fiz um desenho em forma de raio.

Riscos de sabão no vidro, desenho um labirinto fácil para a dor sair.

Onde há gordura, coloco mais detergente e giro com força.

Desenho o amor eterno, um número oito deitado.

Veio um choro, mas não cesso a concentração.

Caem lágrimas no chão e nos pés, e misturam-se na água sanitária.

A alma também quer branqueamento.

Dói, Dói, os olhos estão avermelhados.

Mas, de repente, uma canção enternece os ouvidos.

Enxague e chilrear, a dor está indo embora.

Porque o Vim- Vim e o Bem- Te- Vi

Cantaram lá fora.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 02/06/2024
Código do texto: T8076607
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